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A Prefeitura de Schroeder, por meio da Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural, tem há alguns anos o projeto de controle do borrachudo com um funcionário responsável pela aplicação do BTI (Bacillus Thuringiensis Israelensis) no município.
O BTI é um larvicida biológico, seguro, eficaz e não tóxico utilizado para o controle da população dos borrachudos, eliminando-os ainda na fase de larvas, quando vivem em saída de lagos e riachos, principalmente fixados em substratos e rochas localizados nas margens e leitos.Uma quantidade deve ser diluída em água, para a posterior aplicação por meio de um regador calibrado.
Anteriormente, havia um funcionário que, além de desempenhar suas funções, também era designado para a aplicação do BTI. Conforme a pasta de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a intenção mais recente era fazer a contratação de empresa terceirizada para aplicação do BTI, mas o setor optou por contratar uma nova pessoa especificamente para a função.
“Estamos há uma semana com o novo responsável, que está recebendo todas orientações técnicas e treinamento a campo, junto com a demonstração dos pontos mapeados. Felizmente, ele está se adaptando muito bem e executando o serviço com eficiência”, explica a secretária de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Somira Hackbarth Kasmirski.
Além disso, segundo Somira, nos bairros Rancho Bom, Duas Mamas e Braço do Sul há vários moradores parceiros que estão fazendo a aplicação do BTI, porém a proliferação do inseto está desenfreada.
“Segundo estudos e orientações técnicas, isso acontece principalmente pelo clima desfavorável, onde as enxurradas são frequentes. O clima abafado e quente aumenta a superpopulação e diminui as condições de aplicação. Ademais, após uma enxurrada indica-se a aplicação do produto somente 3 dias depois, quando o nível da água baixar e diminuir a turbidez, e isso desregula o ciclo”, explica.
Outro ponto crucial, acrescenta Somira, é a formação de pequenos córregos temporários que também não são aplicados, além da falta de limpeza dos pontos (o riacho/vala na sua totalidade) existentes e mapeados, principalmente em propriedades onde existem palmeiras e brachiaria.
“Estas folhas, matos e galhos, além de serem ambiente apropriado para o borrachudo depositar os ovos, também dificultam o trajeto favorável do produto durante a aplicação, reduzindo sua eficácia”, complementa.
Trabalho constante e renovado
Somira acredita que com o trabalho constante e renovado que está sendo executado, nos próximos meses será possível ter o inseto mais controlado do que nunca.
“Tendo em vista que o BTI não é veneno e não mata os insetos adultos, que vivem em média 45 dias, com fêmeas que põem em média 400 ovos, o efeito começa a surtir após 40 dias”, detalha.
A secretária de Agricultura e Desenvolvimento Rural explica que o produto tem um alto custo para o Município, no valor de R$176 por litro, por isso deve ser administrado com responsabilidade.
Parcerias para aplicação do Controlador Bioativo do Maruim
Referente ao controle do maruim, o CIGAMVALI (Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu), em parceria com a empresa de pesquisas I4 Agro, desenvolveu o Controlador Bioativo do Maruim (CBM) em meados de 2019.
A experiência começou em uma propriedade rural de cada município consorciado.
“Desde então, os estudos e avanços continuam, onde já se constatou eficiência em bananicultura e palmáceas e hoje estamos abrindo a aplicação em locais como esterqueiras, composteiras, gramados e brita (ainda em estudo)”, detalha Somira.
A Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Schroeder disponibiliza o produto, mediante comparecimento do interessado, que deverá preencher uma ficha de cadastro e responsabilidade na aplicação, além de todas orientações técnicas.
Em relação à aplicação em espaços públicos, o setor fez uma parceria com as secretarias municipais de Saúde e de Educação.
“A partir dos próximos dias, um funcionário irá fazer a aplicação do produto nas unidades de saúde, escolas e creches, regularmente, a cada 14 dias”, completa.